Secretária de Cultura de Pernambuco acredita que Lei Rouanet foi politizada de maneira negativa

Em programa na Rádio Cultura do Nordeste, Cacau de Paula comentou sobre o FIG e declarou opiniões sobre políticas públicas

(Foto: Abelardo Neto/Rádio Cultura do Nordeste)

“A Lei Rouanet, ela é para a sociedade, e eu acho que ela precisa ser vista assim”, enfatizou a Secretária de Cultura de Pernambuco e vice-presidente do PSD no estado, Cacau de Paula. A declaração foi feita durante sua participação no programa “Mesa Redonda”, da Rádio Cultura do Nordeste, que teve como tema “Balanço da cultura em Pernambuco e perspectivas para 2025”. Durante o programa, diversos assuntos foram abordados, como a politização da Lei Rouanet, a municipalização do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), e o futuro político da convidada. A condução ficou a cargo do jornalista Remir Freire, com a participação do radialista Tavares Neto. 

Ao ser questionada sobre o que acha sobre a Lei Rouanet, a secretária afirmou acreditar na “domonização” da Lei, e que essa foi politizada de maneira negativa. “Realmente ela foi vista com uma coisa muito negativa, quando na verdade ela, para a cultura, é muito positiva, e pra sociedade”. E justificou sua fala dizendo que é “uma grande devolutiva para a sociedade”, tendo em vista seus benefícios econômicos e culturais. “Há esse retorno pra sociedade, tanto econômico, como o retorno do intangível”, defendeu a Secretária que acrescentou que grandes eventos não seriam realizados se não existisse esse aporte financeiro.  

Ainda falando sobre políticas públicas, Cacau de Paula acredita que o real problema do Brasil, nesse sentido, é a falta de democratização do acesso a essas iniciativas, devido a grande desigualdade social e complexidade do país. Ela acredita que “é necessário trabalhar mais no acesso a essas políticas do que ter ou não ter a política cultural”. 

Em relação ao FIG, o apresentador Remir a questionou se houve proximidade do Governo de Pernambuco com a realização do evento, depois da sua municipalização. A secretária esclareceu: “o Estado chegou junto ao FIG.  (..) O Estado foi o maior patrocinador do FIG por acreditar na importância desse grande evento”. Ela explicou que esse foi o formato desenhado para 2024 e concluiu: “a grande importância é a existência do evento”. 

Sobre o festival Meu País Pernambuco, a secretária esclareceu que o evento não surgiu como uma ideia de rebater a municipalização do FIG, mas que o evento surgiu de uma demanda de uma “interiorização e da democratização de acesso à cultura”. 

Enquanto sua carreira na política, Cacau de Paula declara que “o futuro a Deus pertence”. E ressaltou: “mas o que eu digo é que eu não tenho medo de ocupar espaços, porque eu acho que principalmente por ser mulher, a gente precisa ocupar esses espaços que não foram pensados para a gente. (…) Então assim… quando eu tenho a oportunidade, eu vou”.Para conferir o programa da íntegra, acesse o canal da Rádio Cultura do Nordeste no YouTube.

Por Adriane Delgado – estagiária sob supervisão

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