A divulgação aconteceu na semana passada; pacientes já tiveram alta hospitalar

Duas crianças em Pernambuco foram os primeiros casos confirmados de 2025 para o Metapneumovírus humano (HMPV) no Estado, na última quarta-feira (15). A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) divulgou na sexta-feira (17) o caso, informando que as amostras positivas para doença pertencem a duas crianças do sexo feminino, com 1 ano e 7 meses e a outra de 3 anos e onze meses, residentes dos municípios de Recife e Jaboatão dos Guararapes, respectivamente.
As pacientes infectadas já tiveram alta hospitalar. Entre os sintomas apresentados estavam febre, tosse, desconforto respiratório e diarreia. As amostras foram analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE). O último registro da doença no estado foi em 2022.
A SES-PE informou que ainda não há vacinas voltadas para prevenção do HMPV, mas a atualização da carteira vacinal para os que têm indicação (vacinas contra Gripe e Covid-19) evita quadros de cocirculação. Além disso, a pasta reforça que o HMPV não é considerado “um vírus de grande preocupação na comunidade científica”, e que por enquanto, não há aumento de casos que caracterize uma epidemia ou uma pandemia provocada por este vírus, destacou o secretário executivo de Vigilância em Saúde e Atenção Primária, Renan Freitas.
Sobre o vírus
O HMPV é um vírus respiratório, circulante em vários países, que pertence à mesma família do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e na maioria dos casos apresenta sintomas leves (tosse, febre e congestão nasal), podendo eventualmente evoluir para casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), principalmente em grupos mais vulneráveis como crianças, idosos e pessoas imunocomprometidas.
Nesse sentido, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda manter e fortalecer as medidas não farmacológicas já conhecidas pela população e que ajudam a controlar a transmissão do metapneumovírus: usar máscara de proteção facial; manter os ambientes bem ventilados; cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar; higienizar as mãos e evitar tocar na área dos olhos, nariz ou boca. Pessoas mais vulneráveis às doenças respiratórias (crianças pequenas, idosos, com comorbidades e imunossuprimidos) recomenda-se evitar aglomerações, principalmente em lugares fechados e/ou mal-ventilados.
Por Adriane Delgado – estagiária sob supervisão